sexta-feira, março 02, 2007

Pessoas com emprego precário dificultam a vida aos outros



Ainda vou dar por mim a transportar o vidro dianteiro do meu carro debaixo do braço, a caminho de casa!
É a única forma que vejo para combater aqueles papeis e cartões deixados presos entre a escova limpa pára-brisas, e o próprio pára-brisas, em jeito de propaganda. - Cartões do Professor Makambé – Espírita, Vidente e mais-não-sei-o-quê, folhetos da churrasqueira de não-sei-de-onde, etc, etc…

Notas não deixam lá eles!

É até ao dia em que se lembrem de lá por um A0, ou um outdoor qualquer, ou até uma tarja que sobrou da manifestação do Sindicato de Trabalhadores da Industria Metalúrgica e do Ferro da Região Sul e Vale do Tejo.
Lá tenho eu de conduzir com a cabeça de fora da janela, pois como geralmente só se repara quando já estamos ao volante, o procedimento para tentar resolver o problema é sempre ligar as escovas, na tentativa de o papel desaparecer, mas raramente funciona! Principalmente se estiver a chover. Neste caso até piora porque acaba-se sempre por assistir ao vivo e a cores, à desintegração do folheto em todo o vidro, que nem um esventramento!
Não deve de acontecer só comigo.

Tal como nos filmes também já pondero partir o vidro dianteiro começando com uma boa sapatada de dentro para fora, com o cuidado de manter sempre o carro em andamento, e completar com uns murros com a mão protegida pela manga do casaco, sem esquecer de em simultâneo, manter sempre o pescoço o mais enfiado possível nos ombros.
Só para não ter de encostar o carro, por causa de um engraçadinho com um emprego de merda, que decidiu andar a impingir publicidade nos automóveis dos outros.
Ainda vou pensar bem. Mas caso decida pela primeira opção – levar o vidro comigo para casa, vou ver se desenvolvo contactos, no sentido de arranjar alguém capaz de fazer um furo no vidro temperado do carro, para ao menos, ter a possibilidade de prender o pára-brisas no porta-chaves.